Um dos confrontos mais aguardados da segunda rodada da Copa Sul-Americana, competição que teve reinício nesta semana após exatos oito meses de paralisação, é entre Vélez Sarsfield-ARG e Peñarol-URU.
Os atrativos do duelo não se restringem apenas às camisas pesadas – ambos campeões da Libertadores – mas por outro grande confronto recente, pela principal competição sul-americana de clubes.
Copa Sul-Americana 2020 tem os maiores campeões da Libertadores de Brasil, Argentina e Uruguai
Em 2011, as equipes foram colocadas frente a frente, nada menos que na semifinal do torneio. Tanto uma quanto a outra terminaram na segunda colocação de seus grupos, mas foram avançando fases nos mata-matas. O Peñarol deixou o Internacional nas oitavas e tirou a Universidad Católica-CHI nas quartas. O Vélez, surpreendentemente, passou por LDU-EQU e Libertad-PAR, ambos por goleada no placar agregado.
Um grande confronto estava à vista para decidir uma vaga na grande decisão continental, contra o Santos de Neymar (que, por sua vez, foi também segundo colocado no grupo). O Vélez era uma equipe extremamente técnica, enquanto o Peñarol, como bom uruguaio, era plena disposição.
Comandados por treinadores que passariam pelo Brasil – Diego Aguirre (Peñarol) e Ricardo Gareca (Vélez), os times protagonizaram dois grandes duelos, num contraste de estilos, cujo produto só poderia ser uma história inesquecível de bom futebol.
Na ida, em Montevidéu, o Peñarol jogava com o coração, e, na base da raça, conseguiu anular o bom time do Vélez, vencendo por 1 a 0. Na volta, a equipe uruguaia tentaria suportar a pressão dos mandantes e segurar o empate, ou mesmo uma derrota por um gol de diferença, desde que marcasse gols.
Na partida decisiva, em Buenos Aires, o Peñarol daria novamente o sangue, mas a técnica argentina teria a impulsão da torcida. Tranquilo e bem postado, o aurinegro conseguiu surpreender e marcar 0 a 1, com Mier, placar do primeiro tempo.
Pressionado e tendo que marcar três gols para avançar, o Vélez foi com tudo para cima. E, no calor da apaixonada torcida, após a volta do intervalo, conseguiu a virada em 21 minutos. Tobio e Santiago ‘El Tanque’ Silva marcaram. Mas o próprio Silva ainda se tornaria vilão da torcida do Fortín.
A tranquilidade do Peñarol se esvaía, e o Vélez estava muito próximo do gol da classificação. Aos 30 do segundo tempo, o árbitro Enrique Osses marcou pênalti para a equipe mandante. A oportunidade gigante da remontada, no entanto, foi desperdiçada por Santiago Silva. O atacante escorregava e mandava para fora, frustrando torcida e time – que não teve mais forças para buscar o resultado.
O Peñarol avançou à final, reeditando confronto histórico contra o Santos. E, a exemplo de 1962, a equipe brasileira sagrou-se campeã.
A nova história – que, esperamos, seja tão eletrizante quanto a anterior – será iniciada hoje, no José Amalfitani, em Buenos Aires, às 21:30, horário de Brasília. A partida de volta está marcada para a quarta-feira seguinte (04/11), em Montevidéu, capital uruguaia.
Clubes brasileiros também se preparam para estrear na nova fase da competição. O São Paulo também jogará na Argentina, contra o Lanús, na província de Buenos Aires, enquanto o Vasco receberá o Caracas, em São Januário, tudo nesta quarta-feira. O Bahia joga na quinta-feira, contra o Melgar, no Peru.
A segunda fase da Copa Sul Americana se iniciou nesta segunda feira, com três jogos. São eles:
- Audax Italiano-CHI 2×1 Bolívar-BOL
- Sport Huancayo-PER 1×1 Liverpool-URU
- Unión La Calera-CHI 0x0 Deportes Tolima-COL